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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Visão céptica face à descoberta de Kanzius

Segundo as leis da termodinâmica, este processo não poderá ser adaptável à indústria automóvel porque a energia gasta para separar o hidrogénio e oxigénio da água tem de ser igual ou maior do que aquela ganha combinando-os novamente (a não ser que tenha um processo a ocorrer em paralelo que forneça energia para a segunda reacção,p.ex.). Isto acontece porque gasta-se mais energia para dissociar a água relativamente à ganha com a sua combustão.
Outro ponto apontado à teoria de kanzius é que os emissores de frequência consomem bastante energia e que apenas formam um plasma de vapor de água e sal criando assim um efeito semelhante a uma chama. Dentro desta temática, podemos ainda acrescentar que há formas mais eficientes de obter energia através da electrólise comum do que pelos emissores de frequência referidos.
Concluindo, apesar de parecer que kanzius descobriu uma solução para grande
parte dos nossos problemas, a verdade é que existem bastantes limitações
práticas o que nos faz adoptar uma posição céptica. Contudo, achamos que esta
experiência poderá ter aberto novas investigações que visem melhorar a nossa
qualidade de vida.

A descoberta do século?

John Kanzius era um americano, residente na Flórida. Foi engenheiro de rádio e televisão que, após lhe terem diagnosticado cancro, dedicou grande parte da sua vida a lutar contra a doença. Acabou por falecer em 2009. 
Durante a sua luta contra a doença concebeu uma máquina que emitia ondas rádio (RF) de modo a matar as células cancerosas deixando as normais intactas.
Porém, no seguimento de uma das suas tentativas, descobriu uma forma de colocar água salgada em combustão. Apesar de não dar  muitos detalhes do seu método, quando colocou água salgada entre os terminais de um emissor de frequências da rádio este dissociou a molécula da água em oxigénio sendo que este é que terá entrado em combustão.
Será que esta descoberta vai revolucionar a nossa vida? Conseguir-se-à usar a água, por exemplo, como combustível, reduzindo assim o consumo de outros recursos naturais que estão a escassear e a emissão de agentes poluentes? Ou será apenas uma via ilusória de obter energia e serão canalizados recursos humanos e monetários que poderiam ser úteis noutros problemas actuais?

terça-feira, 26 de outubro de 2010

A água da terra

    A água surgiu no decurso de reacções químicas que tiveram lugar no nosso planeta durante as primeiras fases da sua formação.


A camada gasosa que rodeia a Terra apareceu como resultado, entre outros factores, das reacções químicas provocadas pelo aparecimento na sua superfície de um novo composto, isto é a água.


Foi na água que, há cerca de 3800 milhões de anos, surgiu a vida na Terra. Os primeiros seres vivos de que são conhecidos fósseis, eram bactérias e algas azuis (seres unicelulares) que viveram nos Oceanos Primitivo. Ao longo de milhões de anos, os seres vivos evoluíram e espalharam-se pelos oceanos e continentes.



A água circula continuamente na Natureza, podendo passar pelos diferentes estados - sólido líquido e gasoso.

Devido ao calor do sol a água dos oceanos mares, rios e lagos passa lentamente do estado gasoso, isto é evapora-se e vai para a atmosfera.
O vapor de água ma atmosfera arrefece e condensa-se, isto é, transforma-se em pequenas gotas de água, formando as nuvens. Depois a água volta novamente à superfície terrestre sob a forma de precipitação -chuva, neve ou granizo. Uma parte cai directamente nos oceanos, mares rios e lagos, outra escorre à superfície terrestre e outra infiltra-se no solo, formando lençóis de água subterrâneos. A água absorvida pelo solo passa para as plantas, que a absorvem pelas raízes.

Os animais obtêm a água consumindo as plantas ou bebendo nos rios, riachos e fontes. Pela respiração e transpiração dos organismos, a água regressa de novo à atmosfera. Assim, o ciclo repete-se continuamente, mantendo-se mais ou menos constante a quantidade de água no nosso planeta.

Existe uma circulação de água da superfície terrestre para a atmosfera e desta para a superfície da Terra. Isto significa que grande parte da água que a Terra perde por evaporação, volta à Terra com a chuva, a neve e o granizo.

Existem zonas onde raramente chove, como por exemplo Cabo Verde e onde ela é muito mais preciosa de que onde ela é muito abundante.








A estrutura molecular da água

A estrutura molecular da água é que lhe confere importância para a vida.


Quando os dois átomos de hidrogénio e o de oxigénio se combinam para formar água há uma partilha dos electrões de valência, aos pares, entre os átomos de hidrogénio e o do oxigénio.

Estas ligações denominam-se covalentes em que cada átomo contribui com um electrão e os dois pares de electrões compartilhados que constituem a ligação são mantidos juntos devido à atracção de ambos os núcleos. As ligações covalentes são muito fortes logo a molécula de água é extremamente estável.

A molécula é um dipolo já que a distribuição de cargas eléctricas na molécula de água é assimétrica: os electrões não compartilhados do oxigénio encontram-se num lado, enquanto que os dois núcleos dos átomos de hidrogénio se encontram no outro.

Como consequência do carácter dipolar da água, o seu lado positivo é atraído por cargas negativas e o seu lado negativo é atraído por cargas positivas. Assim, quando se dissolvem sais em água, dissociam-se em iões positivos (catiões) e iões negativos (aniões), cada um dos quais se encontra envolvido por várias de moléculas de água orientadas que são as responsáveis pela separação dos iões em soluções aquosas.


Outra consequência da elevada polaridade da água é a sua capacidade para formar as pontes de hidrogénio, isto é, ligações entre átomos electro-negativos, como o oxigénio, através dum núcleo de hidrogénio. Estas pontes de hidrogénio, ainda que fracas, permitem uma certa “estrutura” mesmo na água líquida.

Existem ainda forças atractivas devido aos electrões estarem permanentemente em movimento, de modo que o centro de cargas negativas nem sempre corresponde ao centro de cargas positivas. Estas forças são ainda mais frecas que as pontes de hidrogénio e chamam-se forças de Van der Waals.

As moléculas de água no estado sólido (gelo) encontram-se dispostas simetricamente numa estrutura tetraédrica em que as pontes de hidrogénio formam uma malha.
Esta estrutura é chamada aberta porque o espaço dentro de cada anel é suficiente para acomodar outra molécula de água. No estado líquido as pontes de hidrogénio quebram-se e formam-se continuamente por rotação e vibração das moléculas de água, o que causa ruptura e reestruturação da malha com uma grande rapidez. A grande quantidade de pontes de hidrogénio presentes na água no estado líquido, é responsável pelas características únicas e biologicamente importantes da água (referidas anteriormente).

As características gerais da água

A água é uma das substâncias mais comuns e mais importantes na superfície da Terra cobrindo cerca de ¾ da superfície do planeta, encontrando-se principalmente nos oceanos e zonas polares. Encontra-se ainda em forma de nuvens, água de chuva, rios ou gelo e foi nela que a vida evoluiu.
É uma substância líquida, incolor e insípida, essencial a todas as formas de vida, composta por hidrogénio e oxigénio. Os seres humanos consomem água potável, ou seja, água compatível com as características do seu corpo.


O corpo humano é constituído por 70% de água sendo que a maior parte do nosso cérebro (90%), é constituído por água. Essa quantidade é maior em pessoas magras e em jovens, verificando-se uma percentagem mais elevada nos bebés recém-nascidos. Com o passar dos anos, a proporção de água no organismo diminui.


Os principais processos bioquímicos processam-se na água. É utilizada para a digestão, absorção e transporte de nutrientes, assume o papel de solvente para resíduos do corpo e também os dilui para reduzir sua toxicidade, ajudando no processo de excreção do corpo. Além disso, mantém a temperatura do corpo estável e facilita as trocas gasosas humidificando as superfícies em que estas ocorrem. Proporciona uma camada protectora para as células do corpo e é necessária na formação de todos os tecidos do corpo, sendo a base para o sangue e todas suas secreções líquidas que lubrificam os diversos órgãos e juntas.