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domingo, 29 de maio de 2011

Bebendo água da humidade do ar

Cientistas do Instituto Fraunhofer de Biotecnologia e Engenharia interfacial IGB em colaboração com a empresa Logos Innovationen, encontraram uma forma de converter a humidade do ar, de forma autónoma e descentralizada, em água potável.


"O processo que temos desenvolvido baseia-se exclusivamente em fontes de energia renováveis, tais como colectores solares térmicos e células fotovoltaicas, o que torna este método completamente independente de energia. Por conseguinte, irá funcionar em regiões onde não há infra-estruturas eléctricas ", diz Siegfried Egner, chefe de departamento no IGB.
 
O princípio do processo é o seguinte: uma solução salina desce por uma torre e absorve água do ar. Esta é então sugada para um tanque a alguns metros acima do chão em que prevalece vácuo. A energia produzida a partir de colectores solares aquece a água salgada que é diluída com a água absorvida. Devido ao vácuo, o ponto de ebulição do líquido é menor do que seria sob pressão atmosférica normal.


A água evaporada, não salina, é condensada e corre por um tubo de forma controlada. A gravidade desta coluna de água produz continuamente vácuo e, portanto, é desnecessária uma bomba de vácuo. A solução salina reconcentrada desce pela torre novamente para absorver humidade do ar.


"O conceito é adequado para diversos tamanhos de instalação. Unidades singulares e aparelhos para fornecimento de água a hotéis são possíveis", diz Egner.. Foram construídos protótipos para ambos os componentes de sistema –
absorção de humidade do ar e evaporação em vácuo – e os cientistas já testaram a acção recíproca em laboratório. 


Este processo está a ser experimentado em desertos - locais onde não existem lagos, rios e águas subterrâneas. Contudo, consideráveis quantidades de água estão armazenadas no ar.
No deserto Negev, em Israel, por exemplo, a média anual da humidade do ar é de 64 por cento - em cada metro cúbico de ar existem 11,5 mililitros de água.


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